domingo, 22 de maio de 2011



LANÇAMENTO DO
DOCUMENTÁRIO 

 "SER  QUILOMBOLA"



O documentário discorre sobre os principais elementos que constituem a identidade quilombola a partir das comunidades de São Francisco do Paraguaçu e Porteiras, localizadas, respectivamente, nos municípios de Cachoeira e Entre Rios. Ao discorrer sobre os aspectos identitários, traz à tona o debate sobre os critérios da autodefinição e territorialidade do decreto 4.887/03 que está sob ameaça no Supremo Tribunal Federal. 
A produção audiovisual, dirigida pela jornalista Jaqueline Barreto, conta com a participação dos historiadores Ubiratan Castro e João José Reis, da socióloga e professora da Universidade Federal da Bahia, Lídia Cardel, da representante da Fundação Cultural Palmares, Luciana Mota, e do sociólogo Walter Altino.
 As comunidades apresentadas pelo documentário possuem aspectos singulares:  Porteiras possui  um documento do Séc. XIX de doação da terra pelo ex-proprietário da Fazenda Porteiras aos escravos, mas, mesmo assim, após mais de 100 anos de tentativas, o território ainda não foi titulado e São Francisco do Paraguaçu ganhou repercussão internacional devido a uma reportagem exibida em 2007 pelo Jornal Nacional que, por sinal, resultou na paralisação de todos os processos da Fundação Cultural Palmares e do Instituto de Colonização e Reforma Agrária(INCRA). 
Segundo essa reportagem, a comunidade de São Francisco do Paraguaçu não se constituiria como uma comunidade quilombola. O documentário “SER QUILOMBOLA, ao abordar as nuances da identidade quilombola, surge também como um direito de resposta dessa comunidade às denúncias equivocadas da maior emissora do Brasil. Além disso, tem como finalidade contribuir com a elevação da auto-estima dos descendentes dos quilombos e, acima de tudo, como material didático  a ser utilizado pelas diversas instituições de ensino. 
Quando: 7 de junho 
Horário: às 10hs 
Local: Saguão da Assembléia Legislativa - Salvador/BA

Um comentário:

  1. Querida Rose, seu blog me encantou pela divulgação da cultura afro de forma libertária.
    sinto-me profundamente ligado a cultura e luta dos quilombolas. Embora, minha aproximação tenha se dado ppelas lutas libertárias e pela própria poesia.
    Abraços com carinho, jorge bichuetti
    www.jorgebichuetti.blogspot.com

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