Dia das Mães
O Dia das Mães se tornou oficial no Brasil após um decreto, assinado em 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Porém, sua história remete a civilizações bem mais antigas. O reconhecimento da dedicação materna está presente em muitas sociedades e épocas.
Os gregos já faziam ofertas e prestavam homenagens à deusa Réia, mãe comum de todos os seres. Os romanos faziam uma celebração similar a dos gregos, que durava cerca de três dias. No início do cristianismo, ainda com um caráter religioso, era a Virgem Maria quem era homenageada.
Já no início do século XVII, são registradas, novamente, festividades dedicadas à maternidade, essas mais parecidas com as dos dias de hoje. Na Inglaterra, as operárias passaram a ter folga no quarto domingo da quaresma para ficar em casa com suas mães. O dia ficou conhecido como "Mothering Day".
Porém, a comemoração só se espalhou pelo mundo e se tornou oficial, no início do século passado. A ideia de criar um dia dedicado as mães foi proposta ainda antes, em 1872, pela escritora Julia Ward Howe, nos Estados Unidos, mas só ganhou força em 1904, quando a americana Anna Jarvis iniciou uma verdadeira campanha para instituir a data. Após perder a mãe, Anna Jarvis entrou numa profunda depressão e para animá-la algumas amigas fizeram uma festa para perpetuar a imagem de sua mãe.
Anna quis então que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. A ideia era criar um dia para homenageá-las, e assim fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
A primeira celebração oficial aconteceu somente em abril de 1910, quando o governador do estado da Virgínia incorporou o Dia das Mães no calendário de datas festivas. Outros aderiram à comemoração e em 1914 o então presidente Thomas Woodrow Wilson decretou que no segundo domingo de maio, seria comemorado o Dia das Mães em todo o país, a data foi sugerida pela própria Anna Jarvis.
Com a celebração oficial do dia das mães, o comércio para a data se desenvolveu. Na primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos para a igreja de Grafton, para serem distribuídas a todos. As mães deveriam ganhar duas flores. Anna via a cor branca como um símbolo de amor, caridade, beleza, fidelidade e pureza. Durante os anos que se passaram Anna enviou mais de 10 mil cravos para a celebração. A atitude foi ganhando popularidade e com o tempo, as flores passaram a ser comercializadas.
Ironicamente, o sonho de Anna se tornou uma data triste pra ela. A popularidade fez com que o dia se tornasse uma data comercial, lucrativa, principalmente para os comerciantes que vendiam cravos brancos – flores que até hoje simbolizam a maternidade em muitos países. Em 1923, Anna Jarvis entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães. O pedido, é claro, foi negado.
Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Apesar de nunca ter sido mãe, por anos seguidos recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos.
Além do Brasil e dos EUA, outros países comemoram o dia das mães no segundo domingo de maio, como Austrália, Bélgica, China, Alemanha, Finlândia, Itália, Japão, Canadá, Peru, Turquia e Venezuela.
Mas em outros lugares, a data é comemorada em dias diferente. Maio é o mês mais popular.
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